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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Meus AMIGOS, todos queridos e muito amados.


Estamos na semana do amigo, e eu como você, deve ter recebido um monte de e-mails e pps falando dessa relação tão delicada e preciosa. Esses e-mails foram chegando e tocando meu coração, pouco a pouco, e alguns mesmo repetidos eram gostosos de ver.
Fiquei imaginando meus amigos sentados em frente ao computador pensando em mim e nas outras pessoas queridas de sua vida, cuidadosos para não deixar ninguém de fora, e isso aconchegou meu coração: Meus amigos são pessoas cuidadosas, preocupadas com o bem estar de todos nós.
Isso me fez sentir cuidada, protegida, até mesmo paparicada em alguns momentos. De repente virei criança e já abria o correio para saber o que mais tinha por lá, igual a criança procurando por doces em uma caixa surpresa.
Peço desculpas, pois nessa semana corrida eu mal tive tempo de responder...mas, todos ficaram no meu coração e por isso escrevo para dizer que meus amigos são uns amores, e bem diferentes uns dos outros.
Você deve ter se perguntado o que faz uma pessoa tornar-se sua amiga, e em que momento podemos dizer que isso de fato aconteceu. Pode ser que existam muitas teorias sobre isso, mas para mim é muito simples, a pessoa vai chegando, vai chegando e vai chegando e nunca mais para de chegar ao coração da gente. Acho que é por isso que a gente nem sente como aconteceu. Não há contratos, propostas assinadas, clausulas para ser interpretadas pela lei, nada, apenas o caminho do coração.
É por ai que meus amigos chegaram. Alguns timidamente, outros muito abusados, rsrsrs, já entraram sem pedir licença e eu tive que me acostumar com a idéia, outros de "vidas passadas" já vieram e foi amizade instantânea, outros parecem já estar na minha desde sempre, outros estão chegando ainda, outros perdi no tempo e nas turbulências da vida e reencontrei agora, outros amigos se tornaram irmãos e alguns irmãos se tornaram amigos.
Tenho amigas paulistas,( muito chiques), e outras que só falo por e-mail e não conheço pessoalmente.Amigos espirituais, rsrsrs,e herdando a família do meu marido, conquistei muitos amigos ali. Tenho amigos que se tornaram meus terapeutas e terapeutas que se tornaram grandes amigos, assim como tenho clientes que são meus amigos queridos, sem que isso se constitua num problema clínico.
Meus amigos são pessoas incríveis...e agradeço sempre por ser tão querida por eles. Os que convivem mais próximos de mim, conhecem bem meus erros, minhas loucuras, as mil vezes que combino almoços que custam uma eternidade para acontecer, as vezes que esqueço os aniversários ( menos o da Margarida, por que se eu esquecer ela me mata,rsrsrs) e mesmo assim me amam.
Eu os amo mesmo com todas as loucuras que fazem, do jeito tão particular de cada um, por serem as pessoas incríveis que são.
Quero dizer, que com cada um de vocês aprendo algo especial sobre mim, e aprendo algo valiosos para minha vida.
Vocês tocaram meu coração de um jeito que me fez hoje vir aqui e declarar meu amor por vocês.
Muito obrigada, com alguns tive a oportunidade de falar pessoalmente, mas a maioria deve ter recebido meu abraço carinhoso mandado através dos mensageiros do astral!
Beijos carinhosos, e feliz semana dos amigos...

domingo, 12 de julho de 2009

A MENINA DE RUA E EU, TÃO INVISÍVEL QUANTO ELA!


O nome dela é ...não importa. Ela tem um nome, tem um rosto para mim. Também tem um sorriso aberto, largo, e seus olhos tem um brilho que insiste em luzir mesmo que seu rosto pálido deixe ver doenças escondidas em seu corpo.

Para mim ela é alguém, uma pessoa...somos quase amigas, eu e a menina de rua!

Digo que ela é menina de rua, mas ela já tem dois filhos, meninos de abrigos públicos, talvez venham a ser meninos de rua, embora meu coração deseje que não aconteça isso, que tenham um destino melhor.

Esta semana eu caminhava pela rua, distraída como sempre, mas meus olhos cruzaram com os olhos dela. É difícil saber que sexo tem, pois veste-se como todos os moradores de rua que a gente vê por ai. A roupa suja de poeira tem sempre a mesma cor...mas os olhos não são assim. Eu diminui o passo, olhei para trás e lá estava ela me olhando! Era minha amiga de rua, minha contra parte pobre e sofrida que perambulava com uns papéis na mão.

Como somos conhecidas, paramos para conversar. E, lá estávamos nós duas, almas se encontrando na rua, sem nomes, anônimas nós duas, mínimas, sem importância, tão diferentes e tão iguais. Parecíamos amigas de longa data...

Já a conhecia ali das redondezas, mas nos conhecemos de fato no início deste ano, ela pedia esmola na porta do Banco onde passo com frequência. Passei e ela me pediu uma ajuda, então resolvi parar e conversar. A conversa ficou interessante pois tinha um enredo complexo que bem poderia ser mentira, mas o que importa?

Quantas mentiras inventamos sobre nós e nossas vidas, coisas que simplesmente sonhamos ou que desejamos que fosse de certa forma e já saímos declarando como reais...tudo começa como um sonho, até as mais reais das verdades.

Então algo maior aconteceu...o tempo parou, e fui vendo a beleza daquela pessoa, a vida dela poderia ser a minha vida se meu destino fosse outro, e o quanto é cruel julgarmos aquilo que não conhecemos. Ela era tão frágil, mas tão forte...feroz até, mas também uma menina, como toda mulher sabe ser.

Eu disse a ela que voltaria depois para ajuda-la, na próxima semana. E, para mim promessa é Karma. Voltei, conversamos, ajudei, e ela me contou sobre outros planos que tinha...sim, planos! Meninos de rua também tem seus planos.

Mas neste ultimo encontro, meses depois da nossa primeira conversa, fui surpreendida pela minha menina. Ela falou que agora vende bananada, e faz 15 reais por dia. Eu dei o dinheiro para ela comprar sua caixa de bananadas e trabalhar. Fomos para um canto da rua pois como ela mesma disse, "é muito perigoso abrir a bolsa por aqui, pois está cheia desse pessoal perigoso", nos rimos, eu puxei sua orelhas por alguma vezes que eu a vi caída no chão e não sabia como agir, ela riu e me disse: Tia, nunca esqueci o que fez por mim...como eu não soubesse do que ela falava, ela concluiu...você prometeu que voltava na outra semana e você voltou...

Bom, foi ela que me fez lembrar dessa conversa que tivemos. Eu simplesmente me importei com ela e cumpri minha palavra, como costumo fazer com todas as questões da minha vida. Mas ela, acostumada ao desrespeito, ingratidão e descaso, foi tocada e lembrou-se .

Não sei dizer o que aconteceu nesse momento, acho que meu coração se abriu por inteiro. Fiz o que tive vontade de fazer, dei um abraço apertado nela, e beijei seu rosto. Nos despedimos e sai correndo, ligando para minha amiga Regina, para ter com quem compartilhar aquele momento único de amor entre duas pessoas unidas pelas coisas da alma. Chorei muito, mas foi um choro lúcido, de amor e gratidão por poder viver coisas como essas!

Para ela eu sou alguém, uma pessoa...O meu nome acho que ela não sabe, mas o que importa? Somos quase amigas e naquele dia fomos irmãs, minha vida poderia ser a dela, e a dela poderia ser a minha, e talvez outra pessoa estaria aqui compartilhando essa estória real.

Quem sabe aquela velha idéia de ter um mundo melhor, não seja de fato possível?

Beijos, e que a gente possa ver além das aparências...

sábado, 4 de julho de 2009

INSPIRE, EXPIRE, E RELAAAAAAAAXE....

Uau!

Você consegue?!

Eu vivo tentando! Horas disciplinadamente, horas quando é possível e outras quando já "arrebentou a boca do balão", rsrsrs...

Você acorda, sai de casa todo cheio de teorias sobre viver bem, ser uma pessoa melhor, tudo porque uma música nova tocou seu coração ou você leu um texto do Dalai Lama. Então sai de casa com suas boas e nobres intenções e começa a perder centímetros de luz já na porta do elevador!

Você acordou cedo, mas como sempre acontece se atrasou para a saída. Ai, encontra aquele vizinho que tem mania de segurar a porta do elevador, porque o filho de novo, esqueceu o livro de matemática...você já ia xingar, mas respira e relaxa...

Chegando na garagem você se depara com um monte de carros atravancando sua saída, mas se lembra que Dalai Lama não perderia a paciência por tão pouco e segue em frente empurrando os carros e respirando, levando prana para seu pulmão, que beleza...e no fundo, acha até legal viver esse desafio na garagem quente!

Saindo na rua, o dia lindo e seu astral maravilhoso, você põe aquela musica inspiradora e... seu celular começa a tocar, já de manhã, com as pendencias de seu longo dia por vir, a ligação cai e você não acha os fones de ouvido, tem um guarda na esquina e aquela mulher te dá uma fechada, e observe bem : é sempre uma mulher...(pelo menos é isso que eles sempre dizem) te irritando a vida calma e tranquila, que você deseja ter desde ontem, quando leu o texto sobre não-violência, do Dalai Lama.

Mas você já tem uns quarenta minutos de prática! Já está evoluindo bem. Enfim, continua respirando, relaxando e seguindo até o seu trabalho. Já encontrou os fones de ouvido do celular, o chato (opa!) a amável e gentil pessoa que lhe enchia o saco já desligou te lembrando das mil coisas por fazer, mesmo sabendo que você chegaria ao escritório em poucos minutos, você está calmo, relaxado e bastante confiante nessa nova técnica que algum maluco te ensinou, enfim...respira fundo e relaaaaaxa, o tanto quanto é possível no engarrafamento.

Chegando ao trabalho você está praticamente uma nova criatura, e encontra aquele bando de gente que (você não entende porque) está sempre de cara feia, sem bom humor. Fala pro pessoal relaxar, e eles te olham esquisito, perguntam se você está bem, se tem algum problema contigo, ai você tenta explicar que ontem teve um click, uma clara visão da vida e ouviu uma música maneira e ainda por cima leu um texto do Dalai Lama, super legal, mas...o pessoal começa te olhar esquisito, rir, e isso vai te irritando, você tenta explicar melhor o tema que agora já tem mais ou menos duas horas de prática, e você já é quase um mestre yogue, e as pessoas não entendem...você esqueceu de inspirar, expirar e relaxar...começa a ficar muito irritado, tenta se controlar, mas faltou prana...você já ia quase citar o Dalai Lama, mas não deu tempo e acabou mandando todo mundo para...(você escolhe o desfecho deste paragrafo, rsrsrs)

Nossa!

Viu como é difícil ser "calmo e relaxado"? É verdade, é difícil, mas não custa tentar!

A maioria das pessoas desiste, por querer resultados rápidos demais, e na verdade essas mudanças não dependem apenas de técnicas, mas também de uma mudança de consciência e atitude.

Então não desista, aprender a respirar bem, é tão importante para a saúde como a boa alimentação e o descanso. O Relax libera tensões acumuladas durante o dia, as vezes durante toda uma vida. Depois de praticar diariamente, por um tempo razoável, a gente começa a sentir os bons efeitos e os resultados na saúde e de fato fica mais calma e equilibrado. Mas não acontecem milagres de uma hora para outra!

Se você tem como proposta de vida ser uma pessoa mais centrada, calma e relaxada, vale a pena tentar aprender a respirar bem, relaxar e quem sabe meditar.

Por enquanto deixo com vocês minha experiência com esses exercícios: Quando os pratico regularmente ganho muito com eles, e no mínimo quando me sinto cansada ao longo do dia, independente de onde eu esteja, procuro acertar a respiração e relaxar, e isso me ajuda a recuperar o fôlego.

Ao contrário do que muitos imaginam, não sou uma pessoa Zen. Estou mais para zen-paciência, rsrsrs...por isso procuro me cuidar e não dar oportunidades para esse lado nada light me dominar. Viu?

Enquanto isso vou inspirando, expirando e ralaxando...gosto de mantras indianos, eles me fazem muito bem para a alma, e os pensamentos Budistas, do Dalai Lama e de outros Mestres, realmente são muito curativos para meu temperamento por vezes nada tranquilo.

Beijos, boa sorte e fé na disciplina!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

NÓS, E A VIDA ALHEIA...


A vida é para nós o que concebemos dela.
Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo.
O pobre possui um império; o grande possui um campo.
Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Fernando Pessoa
Temos a incrível mania, ou a maravilhosa defesa (escolham vocês) de prestar mais atenção a vida dos outros, seus problemas, fracassos e sucessos, do que a nossa própria vida.
Com certeza existem pessoas que fazem isso mais que as outras, mas em qualquer grau temos um monte de teorias sobre o que seria melhor para a vida de fulano de tal, como um parente deveria educar seus filhos, como nossa amiga querida atura aquele marido chato, ou o pobrezinho do outro amigo que é casado com a mulher-mala, sentimos que nossos queridos mais próximos estão sendo injustiçados por outras pessoas, seus patrões por exemplo, e por ai vai.
Nosso foco é o outro, e sua incompetência para resolver a própria vida!
Julgamos com nossos próprios valores o que seria melhor para ele, mas isso é só o inicio, pois logo depois vem uma serie de considerações sobre o que o outro deveria fazer, o jeito como deveria falar com alguém, a forma certa de se comportar, as decisões que deveria tomar e o ritmo em que deveria viver sua vida.
Por fim, como a conclusão de nossa enorme "capacidade" para gerenciar a vida alheia dizemos: AH SE FOSSE COMIGO...ai o bicho pega mesmo, rsrsrs, porque no fechamento desses momentos loucos, sempre temos um discurso final, onde declaramos em alto e bom som ( até porque, nessas horas geralmente temos um cúmplice) como faríamos se a coisa toda fosse com a gente!!!
Meus queridos podem esquecer esse papo furado, pois é tudo mentira!
Se estivessemos vivendo aqueles problemas ou dificuldades, estaríamos tão encrencados como o outro deve estar, ou até mais, quem sabe?!
A vida do outro é sempre vista por nós como um seriado de TV, algo que nos foge ao controle, e quase como co-autores dos dramas alheios, vamos expressando nossos valores, desejos , expectativas, e ansiedades, sem nos dar conta que os verdadeiros dramas estão dentro de nós e das nossas vidas.
Cada um tem seu jeito de resolver as coisas, seus próprios valores e decisões baseados em necessidades intimas, que nos escapam inteiramente muitas vezes. Cada pessoa tem principalmente seu tempo e ritmo, tal qual o universo.
Como disse muito bem Fernando Pessoa, para o rústico, cujo campo é tudo, o campo é o império, e talvez o outro já saiba disso.
Se estamos olhando demais para a vida dos outros, que tal perguntar como anda nosso coração, nossos sentimentos e sonhos?
Talvez ao olhar para o campo do outro, nos perca de vista nosso próprio espaço e dimensão interior, nossas carências e limitações para lidar com as dificuldades internas.
Afinal, se não possuimos mais do que as próprias sensações... Basta apenas ter a coragem para tirar a máscara e enfrenta-las...e veremos que dos grandes problemas que vemos nos outros, a maioria nos pertence, no mínimo, é sempre nosso o imenso EGO que insiste em criar regras e julgar a vida e o propósito alheio.
Beijos em todos...