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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PALAVRAS, PALAVRAS, PALAVRAS...


"As palvras são como as abelhas, tem mel e ferrão..."
Sathya Sai Baba

Palavras são como a poeira do chão para quem as fala, sopradas no vento nada mais são?
Talvez, para quem as disse...
Para quem as escuta, são balas de canhão, pedras duras e pontiagudas que atravessam os ouvidos e vão direto ao coração!
Se forem bem precisas, atiradas pelos que tem boa pontaria, ou por aqueles que conhecem bem o caminho...nossa, que estrago fazem!
Essas vão parar direto na alma, atravessam todos os corpos sutís e chegam onde nunca deveriam chegar!

Para quem atira palavras no ar, como pedras no lago, de forma inconsequente e irresponsável, é difícil entender a dor de quem as recebeu, afinal por que tudo isso?
Ora Bolas, foram apenas palavras!!!

Será que foram apenas palavras?

O Mestre Sathya Sai Baba diz que as palavras são como as abelhas. Quando trabalham na construção do mel, elas adoçam, curam, alimentam, rejuvenescem, recuperam, animam, conduzem energia positiva, limpam, cicatrizam, purificam corpo e espírito...

Quando são o ferrão da abelha, machucam, ferem, produzem dor extrema, criam toxinas destrutivas, desestruturam o sistema, provocam reações adversas e por fim, em alguns casos, matam.

Assim são as palavras, nos lábios dos sábios inspiram, nos lábios dos sensíveis viram poesia, nos lábios de outros viram pedra.

Aqui, no Novas Sementes, as palavras são usadas para semear reflexões, para plantar propostas pacíficas, para desconstruir preconceitos, para tornar possível algumas pequenas mudanças, para unir o material e o espiritual no mesmo solo existencial.

Em cada um de nós, em cada ser humano, existe o belo e o feio, o bom e o ruim, o que florescerá como riqueza para adornar vidas alheias e aquilo que ainda precisa ser trabalhado e lapidado?

Se voce deseja ajudar alguém a fazer mudanças, ou se acha que pode contribuir com algo para o crescimento de outros, e para isso a "palavra" será a sua ferramenta de "trabalho", creia no que vou te dizer: O que voce gostaria de receber, caso o problema fosse com voce? Mel ou o ferrão da abelha?

Ok!


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

EXISTEM SAPOS QUE SERÃO ETERNAMENTES SAPOS...SE VOCE ENCONTRAR UM DESSES POR AÍ, POR FAVOR ,NÃO TENTE TRANSFORMA-LO EM PRÍNCIPE!!!


Nenhum post merece um título desse tamanho, isso já virou o texto, rsrsrs...

Adorei essa gravura, pena que não sei o nome do autor, pois adoraria dar os créditos pela linda arte...então, quando vi a carinha da princesa e do sapo, não resisti!
Pensei com meus botões: tenho que escrever sobre isso!!!

Vejam só, ela desapontada e ele sorrindo, em uma postura que em muito me lembra as "fábulas" atuais, que se passam com pessoas conhecidas, bem próximas de nós.


Sabe, tenho me perguntado o que faz pessoas inteligentes errarem tanto na avaliação do outro?  Será o ego com sua ingênua crença de que tudo pode transformar , a carência que nos faz aceitar qualquer pé de chinelo para não pisar no chão frio, a paixão inventada como justificativa para conter o medo da solidão, a crença romântica que acha que o sapo( F/M) pode virar principe/princesa depois...?

De qualquer forma, considero um fator importante para determinar o estrago que esse equívoco traz: A pessoa em questão provavelmente está distante de si mesmo no momento em que se depara com o sapão ou a sapinha...de fato, vou chamar isso de falta de consideração consigo mesmo (no bom sentido, ok? Sem ofensas!)

Vou explicar melhor: No momento em que nos deparamos com uma criatura ruim (nada contra o alegórico sapo) estávamos mais voltados para o outro, do que para nós mesmos. Mais para nossos sonhos e desejos, que para os nossos sentimentos reais, aí o desvio de rota acontece!

O emprego espetacular vira venda de sabão, o grande empreendimento é pura enrolação, o espetáculo de sujeito que voce encontrou é pura fantasia, as mudanças todas que voce pensou que fez caem todoas por agua abaixo ( é porque as vezes o sapo somos nós mesmos...)

Sabe meus amigos, vou copiar Freud...que uma vez declarou que um charuto é apenas um charuto, sem suas famosas análises simbólicas!!! Apenas isso e nada mais, rssss....

Pois é, no nosso caso isso também se aplica: As vezes um sapo, seja ele ou ela quem for, é mesmo um sapo e ponto final!

Viu? Não dói nem nada!

Pare de gastar seus preciosos beijos tentando mudar aquilo que é próprio da natureza do outro. Ele quer ser sapo, agir como sapo ou de fato é um  sapo em horário integral?! Tudo bem, isso é com ele...mas não se deixe transformar numa princesa tola!

Pós Carnaval!!!!

Por pior que seja, ainda é melhor encarar os fatos como são, e deixar a "fantasia" para o ano que vem, na época certa!

Beijos em todos!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OS PARADOXOS NA VIDA DO REI, DOS PSICÓLOGOS, DOS PROFESSORES, ENFIM...DE TODOS NÓS, RSSSS...


Vocês gostam de estórias? Ah, que bom!
Vou contar uma! Adoro contar essas estórias. Pois acreditem: Elas são reais!!!

Esta, aconteceu há muuuuuuuuuuuito tempo. Numa terra distante e muito próspera. Onde viviam reis, rainhas, o povo era feliz e sim, haviam os Alquimistas.
Os Alquimistas viviam procurando a fórmula da vida eterna, da transformação mística do ferro em ouro, e da transmutação dos elementos.
E juro, tudo isso aconteceu de verdade!

Nesta terra maravilhosa e cheia de riquezas morava um poderoso Rei. Ele possuia muitas terras e muitos bens, e proporcionava à corte e aos súditos uma vida cheia de alegrias e fartura. Oh, mas o Rei não era feliz. Ele vivia triste e deprimido, e padecia de um terrível mal!

Seu corpo era cheio de feridas que doíam sem parar, e por mais que ele tivesse tantos recursos e cuidasse tão bem de tudo e de todos, era incapaz de curar seu próprio mal!
Um dia, cheio de tristeza, dor e vergonha de suas feridas aparentes ele escreveu esse poema:

"De que me serve um diadema,
A firme proteção de um poder absoluto?
De que me serve ser majestade suprema,
 Se nada posso para mim,
E para os outros posso tudo?

Oh, paradoxo da vida de todos nós...

Ontem ao ler esse pequeno poema, que data de tempos imemoriais, me compadeci do Rei e sei exatamente como o pobrezinho se sente...

Pena que, com tantos Alquimistas por ali, o Rei esqueceu de ele mesmo transformar sua dor em glórias, e ninguém lhe avisou que mesmo os "soberanos" que pensamos ser são iguais a todos os outros mortais, não imunizados contra as dores existenciais, afetivas, as perdas, aos fracassos...

A estória desse Rei, representa o que já ouvi mil vezes durante minha vida, no consultório e fora dele.
Somos sem dúvida, como os Palhaços do circo, independente de nossas dores, nos aprontamos e vamos para o show,ou talvez como os ferreiros que usam as colheres de pau, rsss...não é?

Há quem se sinta como o Rei, e se envergonhe das feridas ( já vou adiantando que é uma perda de tempo!)...
Assim, vamos nos deparando com Egos atrofiados que por qualquer razão se acham acima da ordem geral da vida, e esquecem que dinheiro não ajuda na "cura das feridas interiores", principalmente as feridas morais.
Os parentes dos médicos morrem de doenças como todos os mortais, os queridos filhos dos psicólogos tem problemas existenciais, filhos de professores não passam de ano, e coitado do dentista, também pode ter um dente que inflame o canal!!!

Então me pergunto, de que "nos serve o diadema, ou a coroa, ou o Título X", se para os outros tudo posso, mas nada posso para mim?

Tirando o exagero do Rei, nem tudo podemos para os outros, e para nós mesmos e os nossos próximos podemos alguma coisa, combinado?

Quem sabe essa não é uma pegadinha espiritual do Criador, para nos dar uma medida mais justa?

Veja assim:  somos importantes e desimportantes ao mesmo tempo. Quando fazemos algo com amor para ajudar alguém, esse já é o prêmio. Nossos queridos são o que são, e viverão a vida em seu próprio tempo. Nosso amor os protegerá e acolherá no sucesso ou no fracasso, não os nossos títulos nem nossa coroa de latão...
Onde fracassamos, alguém terá sucesso por nós. Essa paradoxal intenção Divina, nos ensina a dividir e compartilhar dores e méritos, e assim vamos lapidando nosso ego!

Como termina a estória do Rei triste?
Ah...lá não tinha o final...
Mas acabo de inventar um, justo agora!

O rezinho doente, com suas feridas resolveu sair de seu castelo, e conhecer de perto a vida e a realidade que o cercava.
Acabou descobrindo que na vida de todo mundo havia algum tipo de dor, maior ou menor que a sua, e que ser ou não ser Rei, não fazia diferença em certos casos.
Olhando para outro lugar que não fosse ele mesmo, descobriu um mundo novo e a alegria de estar com os outros.
Voltando  para o Castelo, transformou-se ele mesmo em Alquimista, e soube que no fim da vida, virou ouro em pó e foi soprados pelos silfos e sílfides, espalhando-se no ar...adorei esse final!!!

Beijos em todos os meus queridos amigos...

" A figura que ilustra esse tópico, tem muito a nos ensinar, tolerância...com nossas próprias limitações"...