Páginas

terça-feira, 13 de abril de 2010

Para que são as flores?... para não dizer que não falei de flores!!!


Sonia, tanto tempo sem escrever, e agora que saiu de seu descanso de ursa dormideira, já começou com ironias???

Pois é!

De repente o mundo fica diferente quando se está na caverna, no período de hibernação. Se eu fosse uma lagarta, sairia de lá borboleta...como sou esse bicho que se chama "gente", após um período de hibernação, sabe Deus o que serei, rsss...

Em meio a uma absoluta falta de capacidade de concluir qualquer coisa que tivesse começado a escrever, vivi esses ultimos 30 ou 40 dias de projetos inacabados, vejo que o mundo mudou mais do que eu mesma, e agora me vejo atrasada para retocar meus acabamentos como  ser humano. Será que consigo?!

Foram mais de oito posts, falando sobre os pregos da cruz, o leite derramado, teorias sobre a felicidade, sobre perder-se e achar-se, e outras mais que tinham bom início e um vácuo sem inspiração bem no meio do caminho de seu término...assim como eu!

É verdade, e posso dizer isso com clareza e tranquilidade, pois não sou eu quem vive dizendo que gosta de reinventar-se? Se eu não fosse eu, diria: Bem feito sua metida!!! Mas como eu sou eu mesma, me ferrei, rsss...

Dentro da minha caverna, vivi o desconforto dos pregos na cruz, e garanto que pregos não são confortáveis. Experimentei chorar sobre o leite derramado e não viver de riquezas futuras, desmanchar castelos de sonhos para construir barracos de sólida realidade. Teci teorias sobre a felicidade, para sentar-me  no tapete das verdades inconsequentes...e tudo isso porque?

Porque é assim mesmo, a vida evolui em ondas revolucionarárias, em saltos quânticos surpreendentes e lá vou eu junto, largando tudo para trás, perdendo a tão acalentada estabilidade para rodar no eixo e me ver acordando para a vida!

Não a vida platônica, sonhada ou adivinhada entre as sombras da minha caverna, mas a vida concreta, sem retoques, que traz o incerto, o angustiante, o inesperado, o novo assustador e necessário, sem o qual a vida é monótona, sem sal e sem graça.

Bom, agora sim, já posso sair do período de hibernação, ou reparação se preferirem, para acordar sem sombras, sem sonhos, sem futuro certo, sem projetos infalíveis...

Sim, agora posso concluir com segurança, resumindo a minha quaresma pessoal: Perder-se é mais fácil que achar-se, e por mais paradoxo que possa parecer, é mais certo a perda do rumo do que o encontro com os caminhos da alma.

Fica mais uma experiência entre tantas que vivo na trajetória de minha breve passagem por aqui:
-Algumas experiências se vive na solidão de si mesmo.
-Quando estamos vulneráveis até um ato de ajuda pode nos machucar.
-Nos momentos de metamorfose pessoal sempre há um ego de plantão pronto para nos ofertar nossa pior face.
-Quando perdemos a direção, apenas o caminho da alma nos conduz para um lugar confiável...

Hoje, tudo claro com o amanhecer cristalino de um novo dia, constato no Site Personare o que acontece no meu Uni-verso pessoal: Vivo um ano Canceriano, que sensibiliza as patas do meu Sagitário impetuoso e revolucionário, mas Marte se encontra em Leão, fortalecendo minha vontade de conquistar e vencer, com Plutão revolutivo na casa sete me torno alvo e seta ao mesmo tempo nas relações interpessoais, e o Plutão em conjunção com Sol me leva para uma condição de tudo ou nada, que só pode equilibrar-se com o amor...como aliás, tudo na vida!

Para não dizer que não falei de flores, vou contar uma passagem de Krishna: Uma vez sua mãe o viu roubando o mel de um pote, e repreendeu-o. Como voce pode roubar o mel Krisnha? Ele sorrindo, disse: Como posso roubar o que é meu?!

Quando estamos vivendo na consciência de Krishna, jamais perdemos a noção de quem somos, de onde viemos e para onde iremos!!!
Boa sorte e mil felicidades...Hare Krisnha, Hare Hare...