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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

EU, SEM MEUS SUPERPODERES!!!



Minha avó Cecília costuma dizer algo assim : "Quem não te conhece , que te compre!" , rsrsrs
Eu era menina e não conseguia entender exatamente o que ela pretendia dizer com aquelas palavras que saiam igual a flechas disparadas, mas o contexto era óbvio, fosse em direção à quem fosse!
Pois é, hoje ainda me pego com essas palavras na cabeça, de outra forma é claro, mas elas ainda me dizem que há algo forte e conveniente no social e no pessoal, que nos seduz e convida a ser de um jeito sempre agradável e positivo para os outros, meio que ajudando a estabelecer crenças e mitos a nosso respeito, para que aquele que "nos conhece nos compre"!
Ai é que mora o perigo...
Afinal, quem somos nós? Quantas qualidades positivas ou negativas, realmente conseguimos sustentar para agradar os outros?
Para cada um de nós existe uma exigência para manter alguma qualidade ou característica pessoal, que sustenta e valida qualidades nos outros. Não entendeu? Exemplos:
Fulano de tal precisa ser o incompetente para que o outro possa se sentir importante sendo aquele que faz tudo. Fulaninha é a linda e graciosa para que a outra seja a inteligente e feia, etc e tal!
São mil exemplos que poderia citar, mas prefiro pensar agora em minha própria vida, e você ai, aproveite para pensar na sua, rsrsrs!
As vezes é muito gostoso nos agarrarmos a algum atributo desses, temporariamente pode ser legal, e a gente se sente o máximo, mas para cada atributo desses paga-se um preço muito alto. Fazer o papel de inteligente, burro, incapaz, frágil ou o forte de plantão é extremamente exaustivo. Sabe porque?
Simples: atributos da personalidade são os aspectos mais superficiais de nosso ser, o que somos de fato é algo muito maior e sublime, é algo móvel e volátil, sujeito a muitas mudanças e evolução, felizmente!

Cansa muito ter que se formatar e sustentar uma imagem para que possamos ser "desejados e comprados" exatamente como produtos fabricados e vendidos nas prateleiras dos relacionamentos, como nos supermenrcados. Técnicamente, diria que isso é Ser-para-os -outros, como um produto de prateleira pronto para o consumo...
Minha avó tinha razão, "quem não te conhece, que te compre!", realmente, se fossemos mostrar tudo o que somos e sentimos, talvez assustase os outros e saíssem todos correndo de nós, rsrsrs...não creio que a maioria esteja preparada para lidar com a sua própria verdade e com a verdade dos outros, mas...vamos combinar...nada de exageros, ok?
Dá para relaxar um pouco e assumir o "lado negro da força"(se você quiser chamar assim), aquelas coisas que nos envergonham porque fogem ao padrão classe A, ou porque não são exatamente aquilo tudo de bom que gostaríamos que fosse, ou ainda porque não é o ideal maravilhosos que esperam de nós!
Da minha, parte vou assumindo minhas fragilidade, ok?
Não dá para ser super poderosa e posar de forte o tempo todo, por isso tirei uma folguinha para ficar dengosa, frágil e ser cuidada, levada de um lado para o outro, deixar os outros decidirem por mim, uma beleza, rsrsrs
Acho que o bom mesmo é ser livre para brincar com tantas coisas boas que podemos experimentar ser. De vez em quando é bom a gente se sentir poderoso, forte, cheio de poder de liderança, etc, mas...que delícia é poder receber um chamego e um dengo, ficar quietinho, ter alguém mais forte para secar as lágrimas...ah, isso é tudo de bom!
Bom queridos, é isso!
Fiquei quietinha por um tempo, me recuperando de dodóis diferentes, aproveitando para respeitar o tempo que precisava
para por tudo no lugar, esperando a inspiração e o animo voltar, avaliando meu momento de ser frágil e encontrando a força na própria fragilidade, e agora estou de volta!
Beijos, saudades de meus amigos....

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