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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

DIAS DE NÃO FAZER NADA...


Estou em casa, eu e algumas bactérias em meu pulmão, rsrsrs...
Estamos felizes, todas nós, boas meninas, tentando nos entender sobre a necessidade de ouvir o recado que o universo manda através do corpo. Mas é só o corpo.
Da mesma forma que colocamos o carro na autorizada para fazer a manutenção, levei minha máquina 5.3 para revisar, e olha o que eu encontrei!
Um pulmão novinho em folha, ou quase, prejudicado por uma turma de bactérias. Bactérias são meninas felizes, e queriam fazer de meu amado pulmão o seu pátio de recreio!
Bom,fizeram...mas não me deixaram de mau humor, nem de cara feia, nem incomodada.
Bem diferente de todas as vezes que eu estive doente, desta vez brinquei com as meninas. Enquanto elas dançavam e pulavam em suas brincadeiras, eu descansava e via a dança da vida.
Temos momentos preciosos para viver, momentos do sagrado descanso, momentos da sagrada recuperação. Eu fiquei muito impressionada como podemos contrair uma doença sem dar conta de nenhum sinal, porque não estava visível ou porque preferi não ver, realmente não sei, pois foi tudo muito rápido e intenso.
De qualquer forma ganhei uns dias de não fazer nada, me liberei de todos os compromissos, pude relaxar e não brigar com a minha vulnerabilidade.
Pois é, estou de molho mas estou feliz...Minha alegria e bem estar não se deve a nada especial. Talvez as bactérias do pulmão tenham liberado uma dose extra de serotonina e me levado a esse estado de humor, não sei.
As meninas estão sendo capturadas pelo super herói que mora num vidrinho, e de 12 em 12 hora eu libero um deles para sua gloriosa missão.
O que acho incrivel, é que sempre que nos julgamos imprescindíveis, e , parece que a vida não vai funcionar sem a nossa presença, tudo não passa de uma grande ilusão.
Somos apenas um frágil elo numa corrente infinita que se combina muito além de nossa compreensão.
Quando nos afastamos ou interrompemos um processo, novos valores surgem através de outras pessoas, trazendo inovações, situações criativas, soluções nunca pensadas antes. Acho isso o maior espetáculo: somos dispensáveis, mesmo que muito amados.
Ser dispensável na ciranda da vida não é nenhum demérito, pelo contrário é algo cheio de uma graça libertadora, fruto da divina providencia, que nos coloca sempre onde devemos estar: Na frente da batalha, no meio do campo ou na caminha gostosa, descansando!
Espero que minha recuperação seja cheia de encantos.
Como estou descansando, posso me dar ao luxo de ficar meio doidinha, e dizer que é efeito dos antibióticos, rsrsrs...então, imagino um monte de gnomos silfos, e nereidas, cheios de ervas mágicas, fazendo um trabalho luminosos e deixando meu pulmão a maior gracinha!!!
Beijos, bom fim de semana, tomem um vinho branco bem gelado por mim!

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