Estamos quase no final deste ciclo de Sutras, que estão disponíveis ao conhecimento humano há milênios. Não podemos dizer que esses ensinamentos sejam exclusividade de um povo, pois quando nos aprofundamos no estudo de algumas tradições culturais e religiosas, encontramos um tipo de prática muito semelhante, o que me leva a crer, que essas práticas são do interesse de quem busca uma lapidação de seu intimo, e um estado de evolução ético e espiritual.
O Swami jñaneshvara Bharati nos propõe: Testemunhar é observar com desapego!
Talvez essa seja a disciplina mais difícil de se atingir, porque para chegarmos a esse ponto será necessário ter um certo controle sobre as emoções e o pensamento!
Você é capaz de lembrar do seus dias de criança, quando olhava para cada coisa como se fosse a mais incrível das descobertas, sem preconceitos, amarguras, frustrações, mágoas, ambições, e apenas ficava ali aproveitando e descobrindo o que cada coisa tinha a oferecer?
Não? Ok!
Você é capaz de lembrar quando seus filhos ou sobrinhos eram crianças você os levava para brincar, e aquela criança que ele conheceu há cinco minutos atrás já era seu melhor amigo?
Essas coisas só são possíveis quando nos sentimos livres e inocentes diante das coisas, sem julgamentos, sem pretensões de dominar o conhecimento sobre tudo, sem a soberba tão comum e constante nos jogos de poder e manipulação.
Sei o quanto pode ser agradável crermos que temos controle de tudo, mas é implacavelmente ilusório, desgastante e cruel pela perversidade que está disfarçadamente oculta nessas atitudes.
Esta etapa do trabalho de auto-aperfeiçoamento nos pede que sejamos menos arrogantes acerca de tudo. Menos, menos, menos...
Mais observação, mais exploração de cada situação com desapego dos pré-julgamentos, mais atenção ao pensamento e emoções, mais sutileza e elevação dos padrões de consciência. Difícil?
Muito difícil, porque nos acostumamos a julgar com mais rapidez que imaginamos, rotulamos instantaneamente num ato inconsciente de controlar o ambiente e as próprias emoçoes, somos escravos do modelo sócio-económico e social, mas não somos fantoches, e essa é nossa grande esperança: Podermos construi uma visão mais justa e menos preconceituosa acerca da vida, de nós e dos outros.
Dica: Testemunhe seus pensamentos e sentimentos, apenas observe, sem críticas. Viva o momento, observe tudo que acontece, experimente a liberdade de não julgar. As coisas caminham por si mesmas...
Beijos, bom fim de semana!
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