Páginas

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bem-me-quer, mal-me-quer,bem...



Quantas vezes você já desfolhou a margarida?


Se você é mulher e quando menina ainda haviam margaridas nas ruas onde corria livre, provavelmente já fez essa brincadeira, desejando ardentemente que o resultado fosse bem-me-quer!!!


Se você é homem vai pensar, que bobagem, mulher tem cada coisa idiota e maluca. De vez em quando tenho que concordar, até porque dependendo dos hormônios ou da lua, ficamos mesmo meio loucas. Mas garanto que essa brincadeira afeta a todos nós, inclusive os homens.


Crescemos, e agora? O que nos aconteceu?


Acho que as vezes, quando acordamos e nos levantamos da cama para enfrentar o novo dia que começa, ao olhar no espelho, sendo voce homem ou mulher, encontramos uma margarida novinha em folha, pronta para ser despetalada...


E começamos: bem-me-quer, mal-me-quer...Estou agradando, não estou agradando, fico bem com essa roupa, não fico bem com essa roupa, minha cara está boa, minha cara está um horror, vou conseguir conversar aquele assunto com fulano, não vou conseguir conversar aquele assunto com fulano, ele ainda gosta de mim, ele não gosta mais de mim, sou mais inteligente e esperto que fulano, não sou tão esperto assim, etc vai dar certo, etc não vai dar certo...


Parece que sobre muitos de nós, paira uma dúvida que pode ser cruel. Somos merecedores do amor, afeto e respeito do outro ou não somos merecedo

res desses bonus?

Como responder a esta dúvida, se ela foge a questão da razão?


De quantas afirmativas precisamos para poder crer no potencial que temos em nós?

Qual é o tamanho do buraco do nosso coração e de quantas toneladas de amor e elogios alheios precisaremos para preencher esta dúvida?


Talvez o melhor que possamos fazer, seja mudar o foco da pergunta: Bem-me-quero, mal-me-quero...


Gosto de mim, não gosto de mim, gosto do que vejo em mim, não gosto do que vejo em mim...na maioria das vezes o foco cai no outro, onde projeto minhas carências, dificuldades e limitações. Vamos concordar, que as vezes o "outro dá uma forcinha" ajudando a gente a ficar toda despetalada, mas se isso acontece e parte sempre do outro, lembre-se , somos nós que precisamos tomar uma atitude, pois afinal, assédio moral também é crime!


O que podemos fazer para enfrentar esse desamor e descredito pessoal?


Não existem fórmulas, mas entendo que podemos começar escolhendo com qual dos personagens vamos nos identificar: Com a pessoa que escolhe qual das pétalas vai retirar, ou quais aspectos de si agradam ou precisam melhorar, ou com a margarida frágil que cai derrotada ao fim desta tortura...


Pense nisso, da próxima vez que se deparar com essa situação, acredite que voce tem escolhas melhores do que sair despetalada desta batalha!














Nenhum comentário:

Postar um comentário