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quinta-feira, 12 de março de 2009

Elos de amor







Falar de amor é muito difícil, mas...difícil é o caminho, como já coloquei em um outro post.


Essa semana foi especialmente interessante no tocante a esse assunto, pois ficou martelando em minha cabeça um alerta dado por um amigo, que me disse: estamos todos unidos por elos invisíveis. Se deixarmos alguém para trás não importa o quanto já tenhamos caminhado, será necessário voltar e trazer para perto aquele que ficou distante.


No dia em que eu ouvi essas palavras, fiquei muito emocionada, pois no fundo de minha alma é isso que sinto.


Desde criança me incomodou as diferenças sociais, a pobreza, a dor alheia, e era muito difícil entender porque havia tão pouco interesse em ajudar aos que precisavam de algo importante. Não quero com isso causar a impressão que sou boa pessoa ou melhor que ninguém!


Eu era, e sempre fui uma garota inquieta, com muitas perguntas e questionamentos, apenas isso. Hoje considero que fossem os anseios de minha alma, que acabaram por me conduzir ao trabalho como terapeuta e a dedicar-me aos trabalhos espirituais.


Porém o tempo passa, a gente se torna adulto e outras prioridades e valores são incorporados as nossas vidas, mas sempre busco resgatar minhas necessidades de alma, respeitando o que meu coração diz.


As vezes a vida vem e nos traz a oportunidade de vivenciar na prática coisas muito interessantes, e nos convida a buscar no tempo os elos de vidas que se perderam no desamor, na mágoa, na raiva, as vezes no ódio e na desistência.


Então constato como é ridiculamente fácil amar e estar junto daqueles que não nos causam desconforto e dor! A esses chamamos de irmão, de amor, de amigos.


E que faremos com aquelas pessoas que passam pelas nossas vidas como um trator emocional nos roubando alegrias, esperanças e até a fé na humanidade?


Bom queridos amigos, não há receita pronta para isso...minhas ideias são apenas para nossa reflexão e nada mais que isso, portanto não há receita pronta.


Sabemos que pessoas não vem com manuais de instrução, mas em uma coisa eu posso apostar: Todos precisamos de amor.


Durante a vida da gente, encontramos gente que ama com facilidade, outros que tem um amor adoecido, outros que reprimem o amor, pessoas famintas e morrendo pela falta desse sentimento.


Se nos magoam ou nos desagradam, ou ainda se não atendem a expectativa, vamos deixando-os para trás, rompendo elos de relacionamentos existenciais e kármicos, com o mesmo desamor a que somos submetidos.


Não somos obrigados a nos relacionar com pessoas que nos ferem, mas considero importante entender porque essas pessoas entraram em nossas vidas, e qual o grau de comprometimento que temos com elas.


Minha conclusão e experiência pessoal, por mais paradoxal que seja, me aponta o caminho de resgate do respeito e da dignidade em relação ao outros.


Quanto mais nos afastamos e fugimos de enfrentar as dificuldades, maior é o caminho que precisamos percorrer para recuperar a relação de respeito que perdemos lá trás, e que na maioria das vezes implica um número maior de pessoas.


Amar não implica necessáriamente ficar sorrindo feliz ao lado de alguem. Podemos encarar o amor como algo vivo, que todos possuimos, mas que em muitos não está disponível e amadurecido.

Mas quem somos nós para julgar?

Será que sabemos amar?

Não tenho uma resposta definitiva, mas ouso dizer que devemos dar uma chance ao amor, pois ele é a única atitude curativa e restauradora daquilo que sentimos roubados de nós.

Talvez apenas a consciência, que somos parte de uma corrente de elos espiritualmente frágeis e delicados, nos faça sentir compaixão por aqueles que um dia nos feriu.

Sentimos a dor, e rompemos os elos com rancor e mágoa, mas o TEMPO, acaba por nos apresentar as contas com seus amargos sintomas de culpas e ansiedades...muitos daqueles que deixamos para trás acabamos por ter de ir lá e trazer de volta com nosso perdão sincero e desinteressado. Perdoar liberta ao outro e a você mesmo...

Fica um lembrete: Somos todos iguais, nem melhores nem piores que ninguém. Vemos os erros dos outros com clareza, mas os nossos próprios erros sempre é mais fácil de justificar...Paz e Luz!






Um comentário:

  1. Minha irma querida.Tenho sentido mtas saudades de vc,mas a vida tem andado um pouco confusa ,em varios aspectos.
    Mas depois de ler tudo q vc escreveu,fico mais leve ,e com o coracao alegre,sabendo o qto vc contibui para a humanidade,entender melhor a vida .Parabens,obrigada por vc existir na vida de tantas pessoas,e levando sempre uma palavra de Carinho,e conforto Esppiritual.Te AMO ,bjs mil.!!!!!!!!!!!!!!!!!! Saudades.

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