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segunda-feira, 8 de junho de 2009

NÓS, ESSA OBRA POR TERMINAR!


O que sabemos de amor próprio, o que sabemos do gostar de si mesmo?

Quem nos ensinou sobre isso foi um bom instrutor, ou ele próprio vivia submetido a alguns valores corrompidos sobre o que é de fato o amor?

Fomos educados a descobrir quem somos, ou nos orientamos a ser como gostariam que fossemos?

Nossas singularidades como pessoas únicas foram apreciadas como um dom divino ou foram rejeitadas por interferir na cultura social?

Fomos educados para apreciar nossos erros e dificuldades como elementos de crescimento, ou aprendemos sobre a culpa e a vergonha de não atender as expectativas alheias?

Engolimos o mito de sermos perfeitos ou nos ensinaram sobre a bênção de reconhecer os erros e voltar atrás para refazer nossos projetos de vida?

Você conseguiu entender que você como obra, é um projeto ainda por acabar e por isso pode ser continuamente trabalhado, revisto e adequado aos seus anseios ou vive na ilusão que sendo como é (parece ser) está condenada a um perpétuo estado de desgraças ou glórias?

Ter uma visão humana e delicada de quem somos requer esforço e coragem, creio que também um pouco de humildade, já que para muitos de nós, em algum momento descobrimos que não somos os mais inteligentes ou os mais bonitos filhos de fulano de tal, ou quem sabe ter que lidar com a não menos difícil tarefa de adequar uma imagem corrompida pela mágoa e culpa e não se ver mais como a mais burra ou perversa das criaturas!

O que eu vejo meus amigos é que educar uma pessoa na direção dela mesma é uma difícil arte, que para a maioria das pessoas torna-se um confuso ato de permitir que a pessoa se descubra e a imperiosa ansiedade de transformar alguém em uma obra de arte, que na maioria das vezes nenhum museu de nome aceitaria.

Como somos frágeis criaturas, uns mais que os outros, e vivemos muito mais assentados na imagem que temos de nós, do que propriamente assentados sobre a consciência de quem somos nós, lá vai uma receitinha caseira: RESPEITE-SE, AME-SE !

Quando? A todo momento, principalmente se pegar-se repetindo velhos clichês como os excessivos auto-elogios ou auto-acusações, pois provavelmente você deve estar se orientando para algo bem distante de você mesmo.

Reconsidere que no palco da vida, apenas seu EU MAIS PROFUNDO PODE LHE DIZER SE VOCÊ ESTÁ OU NÃO NO CAMINHO DA SUA VERDADE, E EU LHE GARANTO, QUE ESSA VOZ É SERENA, COMPASSIVA, CHEIA DE AMOR E BONDADE, então fique tranquilo para fazer suas mudanças em paz, pois por mais que pensemos que todos estão olhando para nós, na escala do universo somos invisíveis, rsrsrs...

Nesse impasse de ser quem somos e ser um fragmento dos sonhos familiares, precisamos escolher com muita consciência a direção que daremos para nossa própria vida, e simultaneamente aprender a respeitar cada pessoa com aquilo que ela tem de melhor e de pior.

AME-SE, RESPEITE-SE, SEJA GENTIL COM TODOS!

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